quarta-feira, julho 13, 2011

Há já muito que cá não punha os pés... Mas sem nunca afastar da memória, sem nunca deixar a saudade de lado... Será que quando estamos felizes e apaixonadas nos tornamos pessoas menos interessantes ou será que a tristeza alimenta a criatividade? É verdade que quando me encontro apaixonada me perco... e por isso te perdi... norte! E perco palavras e angustias e lágrimas... E relaxo. E não sei bem quem sou nem onde estou. E sou eu. E sou eu e o outro... Não! Não acredito em nada disto! Acredito que há pessoas que nos querem descobrir e outras que se querem mostrar e não querem ver! Há pessoas que nos fazem transpirar mais e mais! Que fazem explodir o que melhor temos! Outras só se querem mostrar...

1 comentário:

Algernon Wilmot, 3rd Viscount Wilmot disse...

Mistério

Teu corpo veio a mim. Donde viera?
Que flor? Que fruto? Pétala indecisa...
Rima suave: Outono ou Primavera?
Teu corpo veio como vem a brisa...

Rosa de Maio, encastoada em luto:
O dos meus olhos e o do meu cabelo.
Um quarto para as onze! E esse minuto
Ai! nunca, nunca mais pude esquecê-lo!

Viu-se, primeiro, o rosto e o ombro, depois.
E a mão subiu das ancas para o peito...
— Quem és? Sou teu... (Quando um e um são dois,
Dois podem ser um só cristal perfeito!)

Um quarto para as onze! Caiu neve?
Abri os olhos! Era quase dia...
Ou bater de asas, cada vez mais leve,
De pássaro na sombra que fugia?

Pedro Homem de Mello, in "Nós Portugueses Somos Castos"

Besos besos mas besos.