sexta-feira, maio 16, 2008

desencontros...

"Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos."

3 comentários:

RODOLPHE SALIS disse...

princesa o texto é muito bonito...está á altura da Florbela Espanca...não sei o poeta...e para ti...

...ah!ter medo das sombras e do luar,
e do silêncio e da própria voz!
Medo de alguém mas, sem o confessar,
Medo talvez, ainda mais de nós...

gostaste?qual o genero de poesia que gostas?

RODOLPHE SALIS disse...

princesinha! estive toda a noite ás voltas com o poema(...!?...)e záz, já de madrugada...aqui vai a resposta, em exclusivo para ti...princesa do lima!

OS AMNTES SEM DINHEIRO

Tinham o rosto aberto a quem passava
tinham lendas e mitos
e frio no coração
tinham jardins onde a lua passeava
de mãos dadas com a água
e um anjo de pedra por irmão

Tinham como toda a gente
o milagre de cada dia
escorrendo pelos telhados;
e olhos de oiro
onde ardiam
os sonhos mais tresmalhados.

Tinham fome e sede como os bichos,
e silêncio
á roda dos seus passos,
mas a cada gesto que faziam
um pássaro nascia dos seus dedos
e deslumbrado penetrava nos espaços

...e esta ?!...besos e mas besos...solo para ti.

Catarina_Barbosa disse...

É de Eugénio de Andrade! Desculpa... minha fonte de poesia e de mimo! Mas ao fim de 5 dias consigo, finalmente, sentar-me em frente a esta máquina e agradecer tantos carregamentos em ouro belíssimos que me envias, ao encontro da minha pele...