Assim
a construir
um presente real
sem a pequenez
das coisas.
sexta-feira, junho 06, 2008
Proibído voltar atrás...
uma vontade avassaladora de estarmos... uma sala cheia de bonecos em fase de criação... descalços... discutir o acto de criar e fazê-lo... bonecos! dança! beijos!
Insónia roxa.A luz a virgular-se em medo. Luz morta de luar, mais Alma do que a lua... Ela dança, ela range.A carne, álcool de nua, Alastra-se pra mim num espasmo de segredo...
Tudo é capricho ao seu redor, em sombras fátuas... O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou... Tenho frio...Alabastro!...A minha Alma parou... E o seu corpo resvala a projectar estátuas...
Ela chama em Íris.Nimba-se a perder-me, Golfa-me os seios nus, ecoa-me em quebranto... Timbres, elmos, punhais...A doida quer morrer-me:
Mordoura-se a chorar-há sexos no seu pranto... Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me Na boca imprial que humanizou um Santo...
Mário de Sá-Carneiro...parA TI...PRINCESA...QUE DANÇAS COM O VENTO!...besos besos mas besos
Quantas sabedes amar amigo treides comig'a lo mar de Vigo e banhar-nos-emos nas ondas!
Quantas sabedes amar amado treides comig'a lo mar levado e banhar-nos -emos nas ondas!
Treides comig'a lo mar de Vigo e veeremo'lo meu amigho e banhar-nos -emos nas ondas!
Treides comig'a lo mar levado e veeremo'lo meu amado e banhar-nos-emos nas ondas!
Martim Codax in antologia pessoal da poesia portuguesa de Eugénio de Andrade...para a princesinha...porque é proibido!...volver atrás!...e beijos cheios de ternura e carinho...
O sol encharca-o de luz, E o mar, de rojo, tem rasgos de luxuria provocante.
Avanço.Procuro olhà-lo Mais de perto...A luz é tanta Que tudo em volta cintila num clarão largo e difuso...
Anda nu-saltando e rindo. E sobre a areia da praia Parece um astro fulgindo.
Procuro olh`-lo:-e os seus olhos, ame drontados, recusam fixar os meus...-Entristeço...Mas nesse olhar fugidio- Pude ver a eternidade Do teu beijo que eu não mereço...
Antònio Botto, in poes. pess. port. de Eugènio de Andrade...para a princesa...besos besos besos
uma vontade avassaladora de estarmos... uma sala cheia de bonecos em fase de criação... descalços... discutir o acto de criar e fazê-lo... bonecos! dança! beijos!
4 comentários:
Salomé
Insónia roxa.A luz a virgular-se em medo.
Luz morta de luar, mais Alma do que a lua...
Ela dança, ela range.A carne, álcool de nua,
Alastra-se pra mim num espasmo de segredo...
Tudo é capricho ao seu redor, em sombras fátuas...
O aroma endoideceu, upou-se em cor, quebrou...
Tenho frio...Alabastro!...A minha Alma parou...
E o seu corpo resvala a projectar estátuas...
Ela chama em Íris.Nimba-se a perder-me,
Golfa-me os seios nus, ecoa-me em quebranto...
Timbres, elmos, punhais...A doida quer morrer-me:
Mordoura-se a chorar-há sexos no seu pranto...
Ergo-me em som, oscilo, e parto, e vou arder-me
Na boca imprial que humanizou um Santo...
Mário de Sá-Carneiro...parA TI...PRINCESA...QUE DANÇAS COM O VENTO!...besos besos mas besos
A minha choupana de colmo:
de comprimento e largura
menos de cinco"shaku"
Que farto possui-la!
Mas a chuva...
Matsuo Bashô...
Quantas sabedes amar amigo
Quantas sabedes amar amigo
treides comig'a lo mar de Vigo
e banhar-nos-emos nas ondas!
Quantas sabedes amar amado
treides comig'a lo mar levado
e banhar-nos -emos nas ondas!
Treides comig'a lo mar de Vigo
e veeremo'lo meu amigho
e banhar-nos -emos nas ondas!
Treides comig'a lo mar levado
e veeremo'lo meu amado
e banhar-nos-emos nas ondas!
Martim Codax in antologia pessoal da poesia portuguesa de Eugénio de Andrade...para a princesinha...porque é proibido!...volver atrás!...e beijos cheios de ternura e carinho...
Canção
Venham ver a maravilha
do seu corpo juvenil!
O sol encharca-o de luz,
E o mar, de rojo, tem rasgos
de luxuria provocante.
Avanço.Procuro olhà-lo
Mais de perto...A luz é tanta
Que tudo em volta cintila
num clarão largo e difuso...
Anda nu-saltando e rindo.
E sobre a areia da praia
Parece um astro fulgindo.
Procuro olh`-lo:-e os seus olhos,
ame drontados, recusam
fixar os meus...-Entristeço...Mas nesse olhar fugidio-
Pude ver a eternidade
Do teu beijo que eu não mereço...
Antònio Botto, in poes. pess. port. de Eugènio de Andrade...para a princesa...besos besos besos
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